Transporte de Produtos Químicos Perigosos
Herdando a complexidade do transporte de medicamentos — como abordamos neste artigo —, o transporte de produtos químicos e perigosos segue um nível de exigências bastante complexo. Não poderia ser diferente, já que este modelo logístico visa proteger não só as pessoas, mas também o meio ambiente.
Para compreender como são caracterizados produtos químicos e perigosos, compreende-se como substâncias que ofereçam riscos à saúde das pessoas, à segurança pública e ao meio ambiente.
Para garantir que todas as normas e protocolos estejam sendo seguidos, os órgãos reguladores devem estar cientes de todo o processo de transporte desses produtos. Isso envolve a necessidade de licenças emitidas por instituições como o Exército, Polícia Federal, IBAMA, Prefeituras entre outros.
É dever do embarcador responsável portar uma ficha de emergência e envelope com as placas de identificação da classificação do produto na ONU e suas respectivas classes de risco. Já a transportadora deve garantir que os motoristas recebam treinamento adequado para lidar de forma preventiva com o transporte de produtos perigosos. Isso envolve não só um certificado profissional homologado, mas também a utilização de EPI’s e outros kits de emergência para situações adversas.
A Polícia Civil e Federal possuem atividades de fiscalização bastante ativas para este tipo de transporte. É dever dessas instituições fiscalizar o trânsito de produtos controlados, que são muitas vezes utilizados na composição de drogas ilícitas, quando desviados.
Por este motivo, licenças para o embarque dessas substâncias possuem validades que podem ser anuais ou mensais. Este controle é feito através da declaração de cada produto contido na DANFE, que é um documento auxiliar de nota fiscal exigido em atividades logísticas específicas.
Além de fiscalizar o tráfego de materiais controlados, o transporte de materiais explosivos, inflamáveis, produtos químicos, corrosivos, armas e munições também é de responsabilidade da Polícia Civil, atribuindo ao Exército Brasileiro o controle da mobilização industrial de materiais bélicos. É importante compreender que essas medidas são necessárias para garantir a segurança de quem recebe, de quem transporta e de toda a população, já que se tratam de materiais com alto risco à saúde pública.
Abaixo, separamos algumas classes que identificam o grau de risco de cada produto a ser transportado:
- Classe 1 – Explosivos;
- Classe 2 – Gases;
- Classe 3 – Líquidos inflamáveis;
- Classe 4 – Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas a combustão espontânea;
- Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis;
- Classe 5 – Substâncias oxidantes; peróxidos orgânicos;
- Classe 6 – Substâncias tóxicas (venenosas); substâncias infectantes;
- Classe 7 – Materiais radioativos;
- Classe 8 – Corrosivos;
- Classe 9 – Substâncias perigosas diversas.
Outra instituição que exige uma situação regular da atividade logística e um plano de emergência para contenção em situação de risco é o IBAMA. Responsável pela preservação e manutenção do meio ambiente, este órgão atua de forma preventiva, exigindo uma licença de trânsito de produtos perigosos junto às Prefeituras Estaduais e Municipais, sempre prestando contas à Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.
Deu pra perceber que transportar produtos químicos e perigosos não é tão simples. Cumprir todos os requisitos de segurança, é garantir ao cliente um serviço efetivo e de alta qualidade, entregando não só boas experiências, mas também segurança à população.
A Master Mídia está há mais de 20 anos no mercado logístico. E é por este motivo que gostamos de compartilhar com vocês não só sobre nossas experiências neste mercado, mas transformá-las em histórias que façam você crescer junto com a gente!
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